Cuja rebeldia, ao tempo que passou,
Resultando decadente face aos perigos,
Como uma rosa-do-deserto que murchou
À beleza, ao maravilhoso e a todos os ideais
Procurados em lufadas de (in)consciência
A que nas vanguardas, com fragor, sois leais,
Se sigam com a idade, essa fina inclemência
Mesmo dos “sólidos” projectos que se sublimaram
Aproveite-se os vestígios da amada experiência
Rebeldes sempre, que loucos nos tomaram
No assombroso mundo, muito há para criar
E sem a vaidade com que nos empregaram,
Nos compromissos sonhadores há que durar.
Nunes Zarel·leci