para a Fátima Maldonado
Todos podem compreendera necessidade que tenho de partir
esta manhã.
Não penso senão no barco
que me vai levar.
É preciso que parta depressa
branco, sobre o Tejo.
Por causa desta manhã,
por causa deste barco tenho vivido
todos estes dias de
vinho e do sol,
vejo-o brilhar,
branco,
eu,
aqui sentado,
uma garrafa e um copo sobre a
mesa de mármore e ferro,
bebo
a um cais, a um sol, a um rio
ao branco navio
que me vai levar.
João Miguel Fernandes Jorge