Vieram dizer-nos segredos invioláveis!
Vieram contar-nos histórias de crianças!
Foram tão amáveis... (Tesouros palpáveis!...)
Que reais, sólidas e estúpidas esperanças!...
Vieram banhar-nos com poeira de estrelas,
encantos de cobras, fogueiras de espadas
e partos havidos do ventre das velas,
vulcões de entusiasmo e ilhas isoladas...
Tesouros guardados, tesouros escondidos,
e garras fendendo Prometeus de rochas,
contos infantis adormecendo ouvidos
clarões bailarinos a escorrer das tochas...
Vieram seduzir-nos com selos pontudos,
com braços nascidos de corpos impecáveis
e coxas e sexos de sedosos conteúdos!...
Vieram confessar-nos segredos invioláveis...
com braços nascidos de corpos impecáveis
e coxas e sexos de sedosos conteúdos!...
Vieram confessar-nos segredos invioláveis...
Vieram com deuses, vieram com asas...
Não sei com que vieram a fim de nos levar!
Estávamos metidos no escuro das casas,
e, agora, cá esperando ao luar!...
Alexandre Pinheiro Torres
Não sei com que vieram a fim de nos levar!
Estávamos metidos no escuro das casas,
e, agora, cá esperando ao luar!...
Alexandre Pinheiro Torres