Que Triste Fim


Que triste fim, belas flores,
N’esse vaso vos espera?
Embora d’ouro cercadas;
Aqui não é vossa esfera!

Que dura mão, tão perfeitas
Vos foi no jardim cortar,
E a vossa curta existência
Inda mais acelerar?

Não tendes da terra sucos
Para vossa nutrição;
Nem da manhã o orvalho,
Nem da tarde a viração.

As luzes que vos rodeiam
Não têm do sol o calor;
Nem a água em que pousais
Entretém vosso verdor.

Maria Browne