de cada copo. Fazia-lhe primeiro
o cerco com as mãos,
esperava pacientemente que todas
as fontes se esgotassem.
Depois curava-lhe o vazio,
enchia-o de promessas, próximos outonos.
E voltava o rio a correr,
sempre a jusante da sua sede.
No fundo de cada copo, um futuro
diferente, a mesma falsa partida.
Inês Dias