para os fantasmas da rua e
envelhecer, na tortura
da meteorologia. Do que muda.
O medo, qual linha contínua,
porque a infância, os sonhos,
o peso da genealogia.
Dores e rugas, ruas e mais ruas,
com os seus becos e paredes sujas.
O medo sempre, essa moldura.
O medo de demolir, o medo do novo,
de não estar à altura.
O medo da tradição e do ridículo.
E mesmo assim querer. Querer muito.
Um lugar no tempo,
um quinhão do negócio,
um lugar na comitiva.
Carlos Bessa