aforismos tão leves que só os retemos para um dia
nos voltarmos a espantar com a sua ironia.
A margem onde nos sentamos bordeja
as artérias vitais da cidade onde se repartem
os labores da sobrevivência,
os actos da transumância necessária.
Não queremos ir para lá:
antes permanecer nesta margem a vida inteira
a partilhar canções, histórias, provérbios,
alguns sentimentos até,
mas não os actos, muito menos a vida.
Catarina Costa