Carta a Georges Izambard (excerto)


[...]Trabalhar agora, jamais, jamais; estou em greve.

Agora arruíno-me o mais possível. Por quê? Quero ser poeta, e trabalho para me tornar vidente: o senhor não compreenderá de modo algum, e eu quase não poderia explicar-lhe. Trata-se de chegar ao desconhecido pelo desregramento de todos os sentidos. Os sofrimentos são enormes, mas é preciso ser forte, ter nascido poeta, e eu me reconheci poeta.[...]

Artur Rimbaud