nobres, sabotar números e estatísticas,
a cor parda da caderneta de identidade,
dar o zig, escapar das brigas.
Com uma disposição leve e aérea
uma vontade de extravasar ânsias,
sair de si, da sua esfera social,
diluir-se na multidão, propagar
em todos os sentidos o ser amordaçado
pelas semanas de medo e desejo,
chapinhar nos charcos de água
enlameada, enquanto o cheiro
a cerveja derramada se liberta
do asfalto e incrusta nas narinas.
Tomar todas até a noite ser de água dura.
Paulo Teixeira