![[Poesia em Loop]](https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhvr55VrfaX4K39MkSbSfxzdoZQ0u9Je1HO6wv9w6p9TxubDMszGTbky68G3EBGuYdP250ws6jxVyoRWzRJj3n-h9ZbTqXLk-NtzdmI3cbeq-jhanP6LvO4XxiwakjCi3CBEOocGgMGBAuleYftstM__U5LzE9NbgmxE_ijFWwkekZy-j2STY8pXVAz_qGn=s1060)
São trezentas moças
Trezentas máquinas
Num galpão escuro
Trezentos movimentos por hora
Trezentas latas
Cinco por minuto
A produção não para
Nem as moças
Nem as máquinas
Nem as latas
São trezentas prestações
Trezentos sonhos
Numa noite escura
Trezentas carteiras profissionais
Trezentas rações
Trezentos dias iguais
Trezentos guarda-pós iguais
Trezentas toucas iguais
Trezentas sandálias
São latas, suor, graxa,
Barulho, consciências e correrias
Que giram
giram
giram
e giram
eternamente.
Trezentas toucas iguais
Trezentas sandálias
São latas, suor, graxa,
Barulho, consciências e correrias
Que giram
giram
giram
e giram
eternamente.
José Terra