O Corpo Cai em Desmaio na Areia da Noite


há um frio liquido na linha da quietude
e este tropeçar em queda
mesmo que as horas nos chamem o sonho
é violento para o que esperávamos do destino

a madrugada é prenhe de ti nesta ausência
revolvo o corpo nesta praia de jejum
há guerras e incêndios nos olhares em redor
quando convulso a respiração em teu choro
e mordo as últimas letras do teu nome

Fernando Dinis