Que mar escolheremos?
o que escorre dos lábios da feliz nadadora
ou o que trouxe o braço perdido da suicida?
Entre o mar que lembramos e o mar que nos esquece
existe ainda um outro que nos está destinado,
um outro que terá nossos braços abertos
ou a renovada luta de músculos e dedos.
Difícil é a escolha simplesmente.
Que mar será o nosso?
O dos alegres peixes ou o das perdidas ilhas?
Porque um mar nos pertence de direito,
e, feita a escolha, um dia, em mar nos tornaremos.
António Rebordão Navarro