Coro das Pombas


Corremos nestes ares
Fugindo à terra impura,
Pascigo de amargura,
Seara dos pesares

Fundamos nossos lares
Com feixes de ternura
Na abóboda a doçura
Da flor dos nenúfares

Tu vives preso ao solo
Onde os réptis do agravo
Te movem negro dolo.

No próprio riso hás travo!
Dominas pólo a pólo
E és sempre o eterno escravo!

Angelina Vidal