Também está bem morrer em nossa cama
sobre uma almofada limpa e entre amigos.
Está bem morrer, uma vez,
com as mãos cruzadas sobre o peito vazio
e pálidos sem arranhões,
com as mãos cruzadas sobre o peito vazio
e pálidos sem arranhões,
sem correntes, sem bandeiras, e sem pedir nada.
Está bem ter uma morte sem pó,
sem buracos na camisa, sem marcas nas costelas.
Está bem morrer com uma almofada branca,
não no passeio, nas bochechas,
as mãos descansando nas dos que amamos
rodeados de médicos e enfermeiras desesperados,
sem nada pendente salvo uma elegante despedida,
sem prestar atenção à história,
deixando o mundo tal como é,
esperando que, algum dia,
Está bem ter uma morte sem pó,
sem buracos na camisa, sem marcas nas costelas.
Está bem morrer com uma almofada branca,
não no passeio, nas bochechas,
as mãos descansando nas dos que amamos
rodeados de médicos e enfermeiras desesperados,
sem nada pendente salvo uma elegante despedida,
sem prestar atenção à história,
deixando o mundo tal como é,
esperando que, algum dia,
algum outro o mude.
Mourid Al-Barghouti