Enrolados entre cadeias de espirais
Por onde o ADN se passeia
Os átomos, circunstância relativa
Que neste Universo se afirma
São expressões mascaradas
De uma imperfeição colossal.
Talvez o protótipo não navegue
Nestes mares de infortúnio.
Mas a evidência da vida
Por onde esta prisão nos enleia
São apenas remendos
De uma existência possível.
Os átomos ferem a solidão do espírito
Onde só ser vibra
Na anuência da estética
Ética que nos abriga
Numa aprendizagem responsável.
Rui Fonseca